Para criar um arranjo de Viola Caipira, devemos conhecer algumas técnicas de ritmo, harmonia e melodia. Para trabalhar todas essas técnicas criamos um cururu chamado: Cururu de Beira Rio.
A melodia
Para essa canção criei primeiro a melodia na viola caipira. Conforme a melodia do tema principal foi surgindo, fui definindo a estrutura, que ficou baseada em Forma A, forma B, forma A. O Tom principal da canção é Mi maior, mas observe que na parte “B” tivemos que usar os modos gregos e a aplicação da harmonia funcional para entender as escalas a serem utilizadas.
A Harmonia
Em seguida precisamos criar a harmonia básica da canção:
Parte A
E | B7 | 7 vezes
Parte B
E | E7 | A | Am | G#m | C#7 | F#m | B7
Como a canção é um cururu instrumental, é interessante que os acordes sejam mais simples mais crus.
O Solo
O Solo da Viola Caipira será tocado na parte “A e B” da canção, portanto antes de criar o solo temos que ter analisado os acordes dessas seções. Usamos como referência o estilo de 3 grandes mestres da Viola Caipira: Almir Sater, Tião Carreiro e Renato Andrade.
Basicamente criei o solo na parte A, usando a corda Si solta, como elemento de ressonância bem ao estilo do Almir e Tião Carreiro, usando a escala duetada em sextas.
Na parte B, uso um pouco da escala menor harmônica, bem ao estilo do Renato Andrade.
O solo ficou assim:
O Ritmo
Durante o solo do Violão, que é tocado na Parte “A”, uso uma batida de Pagode para enriquecer o ritmo da canção.
Para criar um arranjo de cururu com solo de viola caipira, foram necessário diversos conhecimentos: estilos, músicos que são referência do instrumento, harmonia funcional, escalas, arpejos e modos gregos. Todo esse conjunto de conhecimentos devem ser usados juntos com bom senso e bom gosto.